sábado, 25 de fevereiro de 2012

Torre de TV Digital de Brasília será inaugurada em abril, no aniversário da cidade


Concretagem da estrutura de 182 m de altura foi monitorada com sensores de fibra óptica. Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, construção tem duas hastes que surgem da estrutura cilíndrica da torre

Luciana Tamaki



Divulgação: Terracap
No aniversário de Brasília, em 21 de abril, será inaugurada a Torre de TV Digital da cidade, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Somente a parte física da torre será entregue na ocasião, com acesso às lojas, cafés, museu e mirante. A partir de então, as empresas de comunicação darão início ao processo de instalação de equipamentos de retransmissão de sinal. Apelidada de flor do cerrado, a construção tem dois "braços" que surgem da estrutura cilíndrica da torre, como se fossem hastes de uma flor. A torre tem 182 m de altura, sendo 120 m de estrutura de concreto armado mais 50 m de estrutura metálica e uma antena de 12 m. Um braço da torre ficará a 60 m de altura, com um centro de exposições; e o outro a 80 m, com um bar e café. Aos 110 m de altura, há um mirante com vista de 360°.
As estruturas da torre dividem-se em fuste, cálice, braços e cúpula. No fuste, o diâmetro da torre é 12 m e não se altera até a cota 85 m. Na parte do cálice o diâmetro é variado, aumentando de 12 m na cota 85 m para 20 m na cota 120 m.
Um dos destaques da construção da torre foi a instalação de fibras ópticas para o monitoramento em tempo real da estrutura em concreto. As fibras foram responsáveis por monitorar vibrações estruturais, deslocamentos, deformação específica, temperatura, acelerações e velocidade do vento e poro-pressão. A empresa responsável pelo monitoramento foi a Falcão Bauer. De acordo com a empresa, o material foi escolhido pois, diferentemente de sensores elétricos, a fibra não sofre interferência de campos elétricos e magnéticos.
A fundação da torre foi feita com 246 estacas do tipo raiz com 12 m de comprimento, devido ao solo no local, com arenito intercalado com argila. Além disso, há um grande bloco de concreto sob o subsolo, que auxilia na sustentação da torre. A rampa de acesso à torre compõe-se de duas curvas helicoidais de 65 m de extensão. Sua estrutura é um caixão perdido de 3,10 m a 6,25 m de largura, protendido pelo eixo central de três vãos.
Na execução do fuste, até a altura de 85 m, foi adotado o processo de fôrma metálica deslizante. Já na parte do cálice foi utilizada fôrma autoelevatória e, para a parte dos braços, o processo de fôrma metálica autotrepante.


Divulgação: Mendes Júnior
Estrutura de concreto tem 120 m de altura
Ficha Técnica
Construção: Consórcio Mendes Júnior/Atrium
Projeto de arquitetura, fachadas e esquadrias: Oscar Niemeyer
Projeto de fundações e estrutura de concreto: José Carlos Sussekind
Projeto de estrutura metálica da cúpula geodésica: Avec Verre
Projeto de instalações elétricas, hidráulicas, ar condicionado, telefonia e automação: Projem


fonte -  http://www.piniweb.com.br//construcao/tecnologia-materiais/torre-de-tv-digital-sera-inaugurada-em-abril-no-aniversario-251303-1.asp

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Imóvel na Rocinha e Vidigal já bate a cifra do milhão


Imóvel na Rocinha pode chegar a R$ 130 mil
Moradores das três comunidades carentes, Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, e do asfalto veem a valorização imobiliária ferver feito as temperaturas do verão. No Vidigal, um terreno com 10 casas, no alto do morro, está sendo vendido por R$ 1 milhão. Em São Conrado, empreendimento recém-lançado no espaço onde ficava uma concessionária de carros, já vendeu 90% dos apartamentos em 48h.

A disparada dos preços é o cenário mais visível dos benefícios que a expulsão do tráfico levou a mais de 130 mil pessoas que vivem na região. Da janela de casa, colocada à venda no alto do Vidigal, a dona de casa Lúcia Rodrigues Cabral, 47 anos, e filha, a estudante Isabela Cabral, 20, enumeram outros benefícios, além da oportunidade se mudar para uma casa melhor, “perto do asfalto”: desde o dia da operação policial, em 13 de novembro de 2011, não ouvem barulho de fogos na favela.

"Os fogos anunciavam a chegada da polícia. Isso acabou. O sonho da paz aconteceu. Agora, planejamos mais mudanças para essa nova vida", conta Lúcia, contemplando uma das mais belas vistas do Rio. "Vamos nos mudar, mas, sair do Vidigal, nunca", completa a estudante.
Sem o poder do tráfico, moradores reconquistaram, além do território, a liberdade, o que pode ser percebido quando são analisados os números de atendimento na UPA da Rocinha.
Comparando outubro e dezembro, há aumento de 20% no atendimento de casos de menor gravidade após 22h, o que, segundo médicos na unidade, não acontecia antes da pacificação.

O terreno de R$ 1 milhão no Vidigal, segundo os corretores da MS Imobiliária, pode render ainda mais. "O dono pensa em desmembrar as casas. Separadas, podem render o dobro", avalia o corretor local, Jonas Barcellos.

Na Rocinha, um imóvel pode custar até R$ 130 mil, mesmo em becos ou vielas. "Os preços aqui no bairro, no asfalto, subiram 40%, já no dia seguinte à ação policial. Vivemos realmente um renascimento após anos de desvalorização", conta o presidente da Associação de
Moradores de São Conrado, José Britz.

Fila de espera: Aluguel custa R$ 2 mil por mêsA MS Imobiliária é a única que oferece esse tipo de serviço no Vidigal. E por lá já tem até fila de espera para quem quer alugar ou comprar um imóvel. "Temos 18 casas disponíveis e uma fila de 14 pessoas que querem comprar uma casa e mais 34 pessoas dispostas a alugar. Mas, para locação, só temos notícia de um apartamento", explica o corretor Marcos Vinícius Rocha.

Para alugar o apartamento disponível, o futuro inquilino terá que desembolsar quase R$ 2 mil por mês. Já na Rocinha, quem procura aluguel vai precisar de mais sorte. Por lá, segundo corretores de três imobiliárias da comunidade, não há mais casas.

"Temos fila de espera por aqui também e há uma dificuldade grande em encontrar imóveis para a locação. Por aqui, os imóveis já haviam sido valorizados com as obras do PAC. Agora, aumentou mais", explica o corretor Fábio Ricardo, da Rocinha.

InvestimentosNa expectativa por mais melhorias, os moradores da Rocinha aguardam, agora, a nova fase do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, que terá um total de investimento de R$ 700 milhões. As obras de complementação do PAC 1 da favela, que estão paradas, também devem ser retomadas, para a construção, por exemplo,do plano inclinado com três estações, ligando o acesso principal, na Autoestrada Lagoa-Barra, ao Túnel Zuzu Angel.

A Rocinha também vai ganhar um mercado público com três andares, 49 lojas e praça de alimentação no Largo do Boiadeiro. Já no Vidigal, a esperança é que a comunidade também receba intervenções do PAC, o que ainda não está previsto.

Moradores da região também comemoram a primeira festa de Réveillon na Praia de São Conrado, como antecipou dia 2. As atrações ainda não foram definidas pela prefeitura. "Torcemos ainda pela construção do teleférico ligando a Rocinha ao Vidigal", diz o corretor Jonas Barcellos, ex-presidente da Associação de Moradores do Vidigal.

Da Redação, original O Dia.

Matéria veiculada em: 06/02/2012

Revista Lush Fevereiro 2012

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Projeto de uma casa com área de 4x30m em São Paulo


Projetar uma residência nunca é algo simples, visto que requer adaptação do estilo de vida dos proprietários no espaço disponível no terreno. Essa casa em São Paulo iniciou mais como um desafio para as empresas CR2 Arquitetos e FGMF Arquitetos do que um projeto arquitetônico em si. Isso porque eles tinham a disposição uma área de somente 4m x 30m.
Mesmo que o projeto pareça simples, foi necessária uma longa pesquisa anterior a fim de sugerir formas de aproveitar o pouco espaço de forma criativa. As minúsculas casas japonesas e holandesas, inclusive, serviram de exemplo. No final, a proposta arquitetônica buscou o espaço convencional ideal para o estereótipo de uma família de classe média de São Paulo, integrando espaços e, ao mesmo tempo, eliminando ambientes considerados “obrigatórios”.
Antes da construção em si, houve um processo de ocupação do lote e melhoramento do mesmo, visando uma melhor iluminação bem como ampliar a ventilação natural. Foram desenvolvidos dois blocos de tamanhos diferentes, ligados por uma passarela ao redor do jardim. O maior deles concentra a sala e a cozinha no piso térreo e os quartos no andar de cima, enquanto o menor contém ambientes de apoio, como área de serviço e escritório. As portas de vidro retráteis nos limites do jardim servem para integrar plenamente a sala de estar com o espaço externo.
Devido à largura do lote e a forma em que as peças foram organizadas, a entrada da casa teve que ser revista. Assim, os arquitetos criaram uma passagem elevada para que a recepção não fosse justamente pela cozinha, que acabou ficando na frente para que a sala tivesse o contato direto com o pátio dos fundos. Alguns desníveis se tornaram necessários e acabaram dando um toque de modernidade a mais à construção. Por exemplo, a cozinha foi rebaixada, oferecendo uma perspectiva visual diferenciada.
O conceito de construção a seco se adequou ao projeto, através do uso de cimento e placas drywall, lajes de painéis de madeira, passagens metálicas e pisos feitos de resina de borracha. Globalmente, trata-se de uma construção eficiente, rápida e precisa, que não há desperdícios ou retrabalhos. Os materiais utilizados são recicláveis, assim como a casa, que pode ser facilmente adaptada ao longo do tempo ou mesmo totalmente desmontada se necessário.
O jardim também desempenha um papel fundamental na questão da eficiência e sustentabilidade. Além de permitir uma área permeável exigida por lei, a área possui uma árvore de pitanga e uma parede verde brilhante que resfria naturalmente, criando uma zona de baixa pressão. O uso do branco em todas as peças não é simplesmente por gostos pessoais, mas também por ser uma estratégia de refletir a luz internamente, levando-a a todos os pontos da casa.
O resultado final, portanto, é uma casa pequena em tamanho, mas enorme em termos de integração e continuidade de seus espaços. Trata-se de um projeto menos rígido que o de uma casa convencional, proporcionando o uso da criatividade.



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Execução de alojamento de madeira


Regulamentados por norma, alojamentos de obra devem atender a requisitos de segurança, higiene e conservação. Escolha do material depende, principalmente, do tempo de duração da obra


Por Larissa Leiros Baroni

Todo canteiro de obras deve ter áreas de vivência que incluam, no mínimo, instalações sanitárias, vestiários e refeitórios. Caso seja necessário que os trabalhadores durmam no local, a obrigatoriedade também se estende para a criação de alojamentos, com lavanderia e, inclusive, áreas de lazer. É o que determina a NR-18 (Norma Regulamentadora de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção). Especificações

Construir alojamentos não significa, no entanto, fazer "puxadinhos de madeira", conforme alerta Luiz Sérgio Coelho, professor do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inanciana). Segundo ele, é preciso que as áreas de vivência, assim como o almoxarifado, o escritório e o plantão de vendas sejam planejados juntamente com o projeto executivo. "Na construção civil, cada obra é única. Não há como padronizar os projetos", salienta.
Portanto, como recomenda Coelho, engenheiros e arquitetos devem planejar os canteiros considerando o tipo da obra, bem como o prazo da construção, o número de funcionários, as necessidades e os tipos de materiais e equipamentos que serão necessários durante o processo construtivo. "É importante prever os detalhes, tais como o local onde os funcionários vão comer marmita e se será feita no local. Opções que podem fazer toda a diferença", aponta o professor da FEI, que garante que, se não houver planejamento, o risco de os puxadinhos crescerem no decorrer do processo é grande.
As projeções devem ainda, segundo Marcio Joaquim Estefano de Oliveira, professor de materiais de construção do curso de engenharia civil do Instituto Mauá de Tecnologia, estar em conformidade com a própria NR-18. A norma determina que os alojamentos tenham ventilação de, no mínimo, um décimo da área do piso, iluminação natural e/ou artificiais, área mínima de 3 m² por módulo (cama/armário), pé-direito de 2,50 m² (cama simples) ou 3 m² (cama dupla), instalações elétricas adequadas, entre outras exigências de estrutura, segurança e higiene. "Qualquer desconformidade com as regras e a construtora pode ser multada e, em alguns casos, a obra poderá ser embargada", explica Oliveira.
Montagem e logística

Para iniciar a construção, no entanto, o terreno precisa estar nivelado e seco. Oliveira sugere ainda que os alojamentos sejam posicionados em locais de fácil acesso, mas altos, para evitar alagamentos em períodos de chuvas.
A construção dos alojamentos "é a primeira tarefa de qualquer obra", enfatiza Oliveira, que afirma não ser necessário, todavia, que a área de vivência seja construída em sua totalidade logo de imediato. Pelo contrário, ele recomenda que as áreas sejam montadas de acordo com a necessidade. "Toda obra evolui por curva ascendente, ou seja, começa com equipe reduzida que vai evoluindo até chegar a seu ápice, e depois cai gradativamente", explica.
Assim como os alojamentos obrigatoriamente precisam estar montados no início do trabalho do primeiro funcionário do canteiro, só podem ser desmontados quando o último for embora. "Esse processo também poderá ser gradativo. Ou seja, à medida que o número de trabalhadores diminuir, é possível que os módulos não utilizados sejam retirados", orienta o professor do Instituto Mauá de Tecnologia.
Cuidados gerais

Se a opção for pela madeira, para evitar desperdícios, Coelho recomenda que as dimensões dos alojamentos sejam de múltiplos de 2,20 m² ou 1,10 m², tamanho padrão dos compensados. O segredo dessa construção também está na qualidade da madeira. "Dependendo do prazo da obra, é recomendável inclusive o uso da folha dupla, ou seja, duas folhas de madeira", relata Oliveira, que acrescenta ainda a obrigatoriedade do uso de material com certificação ambiental.
Passar verniz e produtos próprios para proteger a madeira de intempéries e, principalmente, dos cupins é essencial para a durabilidade dos alojamentos. "O ideal é que sejam feitas manutenções periódicas - semanais ou quinzenais, no máximo", assegura Oliveira.
Cotações de preços e fornecedores

Tanto o projeto como a construção dos alojamentos podem ser realizados pela própria construtora ou por empresa terceirizada. Coelho recomenda, no entanto, que a opção seja precedida da avaliação do custo-benefício de cada uma. A cotação deve ser feita com diversas prestadoras de serviços. "Priorizando, no entanto, sempre aquelas com notória especialização", sugere o professor da FEI. É importante ainda, segundo ele, consultar o portfólio de trabalhos já realizados, obter referências de antigos clientes ou de profissionais especializados e se certificar de que ela não tenha problemas fiscais.
Se o custo-benefício da pesquisa favoreceu a terceirização, como prevenção é interessante criar um contrato de prestação de serviços que estabeleça os direitos e deveres de ambas as partes. Inclua ainda, conforme sugere Coelho, cláusula obrigando a terceirizada a seguir todas as exigências estabelecidas na NR-18. Estabelecer multas para o não cumprimento das regras pré-determinadas e dos prazos também é ação preventiva.
Em conjunto com a empresa responsável pela execução do serviço, é recomendável também desenvolver um plano detalhado das áreas de vivências, determinando todas as especificidades e necessidades do canteiro. "Ter um fiscal - seja um engenheiro ou mesmo o mestre de obra - que saiba ler o projeto para acompanhar a execução é essencial para garantir que tudo saia conforme o esperado e acordado", recomenda.

acervo pessoal
Marcio Joaquim Estefano de Oliveira, professor de materiais de construção do curso de engenharia civil do Instituto Mauá de Tecnologia
ENTREVISTA - MARCIO JOAQUIM ESTEFANO DE OLIVEIRA
Segurança e durabilidade
A NR-18 deixa a construtora livre para escolher o tipo de material para a construção dos alojamentos. Qual é a vantagem da madeira em detrimento da alvenaria e do metálico?
Os metálicos normalmente são alugados, têm durabilidade muito maior, mas são vantajosos apenas para obras de duração superior a cinco anos. Os de madeira são indicados, geralmente, para obras mais rápidas, com a vantagem de propiciarem arquiteturas diferentes e confronto térmico mais adequado.
Em quais ocasiões optar pelos alojamentos de madeira?
Não que a madeira não seja recomendada, mas em obras com duração de até um ano sai mais barato alugar contêiner em vez de construir os alojamentos. Mas quando a obra tiver previsão para durar de dois a cinco anos vale investir nos alojamentos de madeira.
Qual a vida útil de um alojamento de madeira?
Depende, sobretudo, do processo de manutenção, que deve ser feito semanalmente ou, no máximo, quinzenalmente. É importante ainda que a madeira seja bem tratada. A determinação é da própria NR-18, que obriga que os alojamentos sejam mantidos em bom estado de conservação, higiene e limpeza. Cuidados que poderão garantir a segurança e, inclusive, o reaproveitamento de parte do material para futuras obras. Cerca de 60% da madeira utilizada, quando bem preservada, poderá ser reutilizada, o que pode garantir ganho financeiro para a construtora.
Segurança é outro critério avaliado no processo de escolha do material dos alojamentos. No caso da madeira o risco de incêndio é maior? Quais os cuidados necessários?
Realmente o risco é real. Para prevenção, no entanto, a própria NR-18 proíbe o uso de fogareiros dentro do alojamento. O papel da construtora é orientar os funcionários sobre essa proibição, além de outras medidas como o não uso de álcool ou outros materiais inflamáveis dentro do alojamento.

NORMAS TÉCNICASNR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da ConstruçãoNR 23 - Proteção Contra IncêndioNBR 12284 - Áreas de Vivência em Canteiros de Obras

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Projeto de Lei prevê contratação de 10% de mão de obra feminina na construção civil


Se aprovado, PL deve alterar a Consolidação das Leis do Trabalho e a Lei de Licitações


Mauricio Lima



Divulgação
Está em tramitação na Câmara dos Deputados um projeto de lei para que as empresas do setor da construção civil sejam obrigadas a ter, pelo menos, 10% de seu quadro profissional formado por mulheres. O PL 2856/11, do deputado Jânio Natal (PRB-PA), se aprovado, alteraria a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-lei 5.452/43). Além disso, o projeto também traria alterações para a Lei de Licitações (8.666/93), onde tornaria obrigatória a inclusão desse percentual mínimo para contratações de mulheres no edital de convocação ou, quando houver dispensa de licitação, no contrato administrativo.
O deputado justifica que o objetivo do PL é combater a resistência por parte de alguns empreiteiros na contratação de mulheres para trabalhar na construção civil. "Os empreiteiros normalmente ignoram as vantagens do trabalho feminino e não se sensibilizam com estudos, segundo os quais, a atitude sempre mais cautelosa e detalhista das mulheres contribui para a edificação de prédios mais confiáveis", diz Natal.

O autor acredita que, uma vez obrigadas a contratarem mais mão de obra feminina e a vencer injustificáveis preconceitos, as empreiteiras da área - até por visarem lucro - logo passarão a admitir mais mulheres.

Como tramita em caráter conclusivo, o projeto não terá que passar pelo plenário da Casa, tendo que ser aprovado somente pelas comissões designadas: do Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Após a aprovação, o projeto segue para o Senado.

fonte -  http://www.piniweb.com.br//construcao/legislacao/projeto-de-lei-preve-contratacao-de-10-de-mao-de-246061-1.asp

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Acessibilidade em edificações

Por Rodnei Corsini

Para um acesso universal, uma edificação com escadas fixas ou rolantes deve ter rampas ou elevadores como alternativa ou, então, uma plataforma elevatória. As escadas que levam em conta a acessibilidade já preveem algumas características - como corrimão, sinalização dos degraus etc. - que não bastam, evidentemente, para garantir o acesso de maneira autônoma e segura a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Confira quais são as diretrizes para esses mecanismos de acessibilidade.
Daniel Beneventi
Clique aqui para ver infográfico


1) Sinalização

As normas de acessibilidade destacam os cuidados com a sinalização. Deve haver sinais sonoros (nos elevadores) e táteis - Braille e piso tátil. Além disso, as escadas com plataforma e as suas alternativas devem ser indicadas com os seguintes sinais visuais:
Rampa Elevador Escada rolante com degrau para cadeira de rodas Escada com plataforma móvel
2) Rampas
Todo piso com inclinação superior a 5% é considerado uma rampa. A inclinação (i) da rampa é obtida em um cálculo em que se multiplica a altura (h) por 100 e se divide esse resultado pelo comprimento (c) da projeção horizontal: i = (h × 100)/c. Para inclinação entre 6,25% e 8,33% devem ser previstas áreas planas, de descanso, a cada 50 m de percurso. A inclinação transversal máxima aceitável é de 2% e a largura mínima recomendável é de 1,5 m, sendo o mínimo admissível 1,2 m. As rampas devem ter, ainda, um corrimão duplo com altura de 0,92 m e 0,7 m, respectivamente.
3) Elevadores
Os elevadores devem ter cabine com dimensões mínimas de 1,1 m x 1,4 m. Devem exibir a identificação do pavimento em ambos os lados do batente, respeitando a altura entre 0,9 m e 1,10 m, visível a partir do interior da cabine e do acesso externo. É preciso, também, que tenham um espelho fixado na parede oposta à porta para permitir que o cadeirante veja a indicação do pavimento. Os botões devem estar entre 0,89 m e 1,35 m de altura do piso.
4) Plataformas elevatórias
As plataformas elevatórias podem ter percurso vertical ou inclinado. Para uso público, devem ter no mínimo 0,9 m x 1,4 m. A projeção do seu percurso deve ser sinalizada no piso. Os pavimentos atendidos pelas plataformas devem ter dispositivos de comunicação para solicitar auxílio. Como não é normalizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o equipamento deve atender as seguintes normas técnicas internacionais: ISO 9386-1/2000 (elevação vertical) e ISO 9386-2/2000 (elevação inclinada).
5) Plataforma vertical
Em edificações de uso público, essa plataforma pode ser usada para vencer desníveis de até 2 m. Se for usada um modelo enclausurado, pode-se usar para desníveis de até 9 m.
6) Plataforma inclinada
Deve ter parada programada nos patamares da escada ou, pelo menos, a cada 3,2 m de desnível. Caso ela obstrua a escada, deve-se usar um dispositivo basculante. Deve ser previsto, ainda, assento escamoteável para atender também pessoas com mobilidade reduzida.


Fontes: Normas ABNT NBR 9050 e NBR 13.994, livro "Mobilidade Acessível na Cidade de São Paulo" (Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - 2005).