sexta-feira, 29 de maio de 2015

Ecocápsulas Poderão Ser o Futuro da Micro-Habitação Sustentável

Uma equipe de projetistas eslovacos concebeu uma micro-habitação sustentável e amiga do ambiente, capaz de produzir a sua própria energia. 

Imagem do Dia: Ecocápsulas Poderão Ser o Futuro da Micro Habitação Sustentável
O interior da “Ecocápsula”, com apenas 8 metros quadrados de área, foi otimizado para abrigar duas pessoas e permitir aproveitar, da forma mais eficiente possível, o espaço disponível. O exterior é revestido com elementos fotovoltaicos de elevada eficiência, possuindo também uma turbina eólica retrátil de 750 W.
Imagem do Dia: Ecocápsulas Poderão Ser o Futuro da Micro Habitação Sustentável
Imagem do Dia: Ecocápsulas Poderão Ser o Futuro da Micro Habitação Sustentável
Imagem do Dia: Ecocápsulas Poderão Ser o Futuro da Micro Habitação Sustentável
Imagem do Dia: Ecocápsulas Poderão Ser o Futuro da Micro Habitação Sustentável
Imagem do Dia: Ecocápsulas Poderão Ser o Futuro da Micro Habitação Sustentável
Imagem do Dia: Ecocápsulas Poderão Ser o Futuro da Micro Habitação Sustentável
Imagem do Dia: Ecocápsulas Poderão Ser o Futuro da Micro Habitação Sustentável
Imagens (adaptadas): via Ecocapsule

quinta-feira, 28 de maio de 2015

O QUE É ARQUITETURA?


Definir o que seja Arquitetura, tal como ela significa na atualidade, é como tentar fazê-lo para as demais artes, técnicas ou ciências, pois, em um mundo complexo e sujeito a mudanças tão aceleradas, a dinâmica da vida torna indispensável um constante reexame do pensamento teórico e prático. Entretanto, há um notável consenso sobre a definição dada a seguir, conforme foi sugerida já em 1940 pelo Arquiteto e Urbanista Lúcio Costa (1902-1998):

"Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção. E nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se ela se revela igualmente arte plástica, porquanto nos inumeráveis problemas com que se defronta o arquiteto desde a germinação do projeto até a conclusão efetiva da obra, há sempre, para cada caso específico, certa margem final de opção entre os limites - máximo e mínimo - determinados pelo cálculo, preconizados pela técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos pelo programa, - cabendo então ao sentimento individual do arquiteto, no que ele tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos entre dois valores extremos, a forma plástica apropriada a cada pormenor em função da unidade última da obra idealizada."

"A intenção plástica que semelhante escolha subentende é precisamente o que distingue a arquitetura da simples construção."

"Por outro lado, a arquitetura depende ainda, necessariamente, da época da sua ocorrência, do meio físico e social a que pertence, da técnica decorrente dos materiais empregados e, finalmente, dos objetivos e dos recursos financeiros disponíveis para a realização da obra, ou seja, do programa proposto."

"Pode-se então definir arquitetura como construção concebida com a intenção de ordenar e organizar plasticamente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa."

COSTA, Lúcio (1902-1998). Considerações sobre arte contemporânea (1940). In: Lúcio Costa, Registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995. 608p.il.

domingo, 24 de maio de 2015

Bactéria Severino: sua obra precisa de um micro-organismo desses

Os fãs de histórias em quadrinhos provavelmente conhecem bem o mutante Wolverine, o canadense mal-encarado que faz parte dos X-Men. Logan, o nome verdadeiro do herói, tem o poder de se regenerar rapidamente de feridas.
Agora, imaginem se sua casa tivesse esse recurso. Quando aparecesse uma rachadura, ela começasse a se recuperar sozinha, sem a necessidade de chamar o mestre de obras. Bem, talvez isso seja possível.

O concreto Wolverine

Há três anos, um grupo de pesquisadores holandeses, liderados pelo cientista Henk Jonkers, da Delft University of Technology, desenvolveram um concreto biológico que teria esse “fator de cura” igual ao do X-Men (sim, ele continua sendo concreto, e não, não tem adamantium em sua constituição). 
Os pesquisadores, então, aplicaram o material em uma construção de verdade — uma cabana de salva-vidas localizada às margens de um lago. Agora, três anos depois da invenção, eles estão bem felizes em afirmar, após várias análises, que a invenção funcionou muito bem. 
Na verdade, o bioconcreto (como é chamada a invenção) é misturado ao concreto comum, porém, com um ingrediente extra: a Bacillus subtilis — uma bactéria que produz calcário e entra em ação quando em contato com a água. É ela que dá esse toque “mágico” para o material.
Contudo, para produzir o calcário, ela precisa se alimentar. Os cientistas adicionaram açúcar à mistura, mas isso fez o concreto ficar mole e fraco. Jonkers teve a ideia de usar lactato de cálcio, colocando-o ao lado das bactérias dentro de cápsulas feitas com plástico biodegradável que eram misturadas no concreto ainda molhado.

Em testes de laboratório, a bactéria já havia sido capaz de consertar rachaduras de 0,5 milímetro de largura. Pode parecer pouco, mas já garante um aumento gigantesco na vida útil do concreto.
Quando as rachaduras começam a se formar, a água entra pelas infiltrações e abre as cápsulas onde se encontram as bactérias. Então, as danadas germinam e se alimentam do lactato que os cientistas misturam no material. Ao fazer isso, elas combinam o cálcio com íons de carbonato para formar o calcário que preenche as rachaduras. Fácil, não? 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Que cuidados tomar ao contratar a mão de obra para uma reforma ou construção?

por Arqºs Fernando Forte e Rodrigo Marcondes Ferraz

Se você pensa em fazer sua obra diretamente com um empreiteiro, sem o gerenciamento ou acompanhamento de um profissional da área, como um engenheiro ou arquiteto, existem
alguns cuidados que devem ser tomados. 
Adicionar legenda

Alguns destes cuidados são interessantes de serem observados, seja para obras maiores, como a reforma inteira de uma residência como para obras pequenas como uma reforma de um banheiro. 

1. Busque referências – Quem te indicou o trabalhador? Se você o encontrou através de uma pessoa pouco conhecida ou outra maneira qualquer, vale a pena pedir para visitar algum trabalho que ele tenha realizado, e talvez conversar com algum antigo empregador em busca de referências. Se não há referência nenhuma, desconfie. Existem muitos “faz-tudo” no mercado que na verdade não fazem nada. 

2. Tenha um projeto – Claro que a necessidade do projeto varia muito em relação ao tamanho da obra. A recomendação é sempre ter um projeto em mãos, ainda que algo simplificado. O projeto, quando anexado ao contrato, tem um valor legal, serve como instrução para que você não tenha de ficar na obra o tempo todo tirando dúvidas e ainda ajuda a prever custos e se preparar para a compra de materiais. Sem contar que o resultado final tende a ser muito melhor se pensado com cuidado no papel antes! 

3. Reveja se tudo está contemplado - Pense cuidadosamente se todos os pormenores que deseja estão no projeto e no acerto que fez com o encarregado da obra. Preste especial atenção a todos os pontos elétricos, som, alarme, hidráulica e outros – quando são esquecidos é uma grande complicação para realizá-los mais tarde. E um desperdício de dinheiro. 

4. Combine prazos – É importante muita clareza nesse aspecto. Combine com o encarregado “x” tempo para a obra e um adicional de “y” tempo por conta de chuvas ou outros problemas, se a sua obra for do tipo que sofre essa interferência. Se prepare intimamente para atrasos, pois infelizmente eles são comuns, para que não atrapalhe muito seus planos de ocupação. Mas tenha um limite para isso. 

5. Faça um contrato – A complexidade desse contrato varia conforme a complexidade da obra. Mas independente do tamanho e complexidade, é sempre muito importante ter tudo no papel: prazos, forma de pagamento, descrição das atividades a serem realizadas, multa (se for o caso) e forma de pagamento. Deixe sempre ao menos uma parcela para ser paga só depois da entrega e aceite da obra. Anexe o projeto ao contrato, assim você terá tudo ainda mais claro numa eventual confrontação. 

6. Relação de material – Essa questão parece secundária, mas é responsável por muitos dos atrasos e discussões durante uma obra. Se o seu encarregado da obra não for comprar os materiais, veja com ele uma extensa lista do que tem de ser encomendado. Combine datas de encomendas e um prazo para que possa providenciar as compras. Se o encarregado aparecer com uma lista de material pequena, o inquira profundamente obre as próximas etapas, para verificar se realmente não são necessários mais itens. Em geral sempre há mais compras a serem feitas, e quanto maiores são as compras, maior seu poder de barganha e menos trabalho no dia a dia da obra. 

7. Proteções, entulhos, fretes e outros – Essas questões costumam ser esquecidas, ou deixadas para serem conversadas apenas durante a obra. Converse cuidadosamente com o seu encarregado sobre essas questões. Quem vai pagar a caçamba? Quem vai pedir a troca? Ela pode ficar estacionada na frente da obra? O encarregado vai colocar as proteções no piso depois de realizá-lo? De que tipo? 

8. Seguro de obra - Verifique, caso a obra não tenha um vigia e seja vulnerável a assaltos, se não vale a pena fazer um seguro para proteger o seu material. Há momentos, dependendo da obra, que há um valor alto em material estacionado. Um assalto pode atrapalhar todo o seu orçamento e ainda gerar grande mal estar na obra, desconfianças entre os trabalhadores e cliente, e assim por diante. Geralmente vale a pena fazer um seguro se sua obra tem um porte médio. 

9. Entenda a metodologia - Antes de efetivamente começarem os trabalhos, tente entender, através de conversas com o encarregado de sua obra, como as coisas serão feitas, quais procedimentos e metodologias serão aplicadas. Pergunte até entender tudo, essa é uma forma de torná-lo mais capaz de controlar o andamento dos trabalhos posteriormente. Essa conversa também será positiva para o encarregado, já que o obrigará a raciocinar sobre todo o processo do trabalho. 

10. Acompanhe o trabalho – Faça um acompanhamento de perto durante a obra, mas não “sufoque” o trabalhador. Tente dar espaço para ele fazer seu trabalho. Elogie sempre que for pertinente para incentivá-lo a dar seu melhor. Caso a obra esteja atrasada exija firmemente resultados, mas cuidado para evitar deixar um clima ruim ao ponto dos trabalhadores pensarem em deixar a obra. 

11. Faça um recebimento de obra - Quando o trabalho terminar faça um recebimento formal da obra com o encarregado. Esse recebimento, também conhecido como aceite de obra, é um procedimento muito importante. Veja todos os pormenores, cheque se todos os pontos elétricos, hidráulicos e demais sistemas funcionam corretamente. Depois desse recebimento, acerte a parcela de retenção conforme o contrato. Caso esteja satisfeito, dependendo do tamanho da obra, uma caixinha é sempre uma boa opção e é mais fácil que o trabalhador volte para resolver qualquer probleminha com essa demonstração de generosidade e satisfação. 

A maior parte da obra gera pequenos problemas e algumas preocupações. A postura com que você acompanha esse processo é muitas vezes fundamental e pode fazer a diferença entre ver o seu sonho ser erguido ou ver tudo se transformar num pesadelo. Caso os problemas estejam incomodando ao ponto de você estar infeliz, está na hora de chamar um profissional da área para interceder. 

Boa sorte com a sua obra e tente se divertir! 




Fonte:www.casaeimoveis.uol.com.br

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Pisos drenantes: ecologicamente corretos

Escrito por Larissa Gould



Os pisos drenantes estão cada vez mais populares entre os arquitetos, eles evitam a formação de poças e drenam a água para o solo.

Pisos para áreas externas que evitam enchentes

pisos para piscinas


Piso drenante, atérmico da Hardscape

Ideais para áreas externas, principalmente beiras de piscinas, calçadas e outros espaços que ficam constantemente sujeitos a serem molhados, os revestimentos drenantes são uma solução tecnológica e sustentável para evitar acidentes e deixar os projetos esteticamente belos.
Além de deixar o ambiente mais bonito e confortável, esses revestimentos têm a função sustentável de ajudar e escoar a água para o solo.
Eles são indicados para projetos que exijam área externa com permeabilidade, podendo ser utilizado para garagens, composição de jardins, parques e até calçadas públicas.
É uma solução ecológica, pois a água escoa entre o revestimento que é poroso de forma natural, mantendo o piso seco e sem poças
É o que explica a arquiteta Barbara Oriani, ela também argumenta que esses modelos são a melhor opção para aproveitamento de áreas que necessitem de permeabilidade.

Pisos que deixam a água retornar ao solo

Os pisos drenantes absorvem a água e reduzem o risco de enchentes, pois escoam quase completamente a água (alguns modelos ultrapassam os 95% de drenagem) com muita rapidez, impedindo o acumulo do liquido.
Por não deixar poças – e também por sua qualidade antiderrapante – também aumenta a segurança das calçadas ou dos em tornos de piscinas, pois evita acidentes como quedas e escorregões.
Para os passeios públicos, a arquiteta orienta “Uma porcentagem efetiva de drenagem ideal para calçadas é de permeabilidade de 95%, reduzindo muito o empoçamento de água e enchentes”.
pisos permeáveis
A arquiteta Ana Ono usou o revestimento da Castelatto Ekko, castanho, para compor esse ambiente.
É, também, uma opção sustentável, pois, assim como em ambientes naturais, como jardins ou praias, a água é devolvida ao solo, ou seja, aos lençóis freáticos.
“Esses revestimentos possuem capacidade de vazão de água que varia de 82 a quase 100%, permitindo a drenagem das águas pluvias para o subsolo”, completos Barbara.
Por suas características sustentáveis e de proteção urbanística, esses pisos são indicados, inclusive, pelos órgãos públicos para a construção de áreas externas, já que se enquadram nas leis de áreas de permeabilidade impostas.
Com isso, conciliam-se as exigências de permeabilidade dos terrenos mantendo sua área útil.

Pisos intertravados ou drenantes ?

Eles podem ser do tipo intertravados, pisograma ou drenantes, feitos com diferentes tipos de materiais, tais como resinas, pedras ou cimetícios.
Todos eles têm a mesma função permeável, o que varia é a porcentagem de drenagem dos mesmos.
pisos intertravados
Os pisos intertravados e os drenantes tem a mesma função.
A diferença é: os intertravados são de concreto pré – fabricado, tem grande resistência ao trafego pesado, substituindo os antigos paralelepípedos.
Já a permeabilidade dos drenantes é melhor, pois, o material é poroso para a devida absorção.
No entanto, os intertravados podem ser projetados para esta finalidade, formando espaços entre os blocos e colocados até junto com grama, dando a mesma função e beleza dos pisos drenantes.

Esclarece a profissional.
piso drenante
Ambiente, projetado pelos arquitetos Eduardo Mera e Beatriz Mera, para a Casa Cor São Paulo de 2012. Piso Ekko Plus da Castelatto, nas cores rosso e cinza.
Os pisos drenantes não esquentam
Assim como pedras e areia natural, alguns revestimentos drenantes também funcionam como filtros, ao devolverem a água ao solo, portanto, melhoram sua qualidade.
Outra vantagem é o conforto térmico, pois esses revestimentos reduzem a absorção do calor.
“Possui um bom isolamento térmico, pois retém menos o calor, deixando o ambiente mais fresco, totalmente ao contrário do asfalto, por exemplo.” Completa Barbara.

É preciso saber instalar o piso drenante!

Não faltam cores ou modelos para todos os tipos de projetos.
Mas, atenção!
Para garantir a permeabilidade dessas peças, seu assentamento não é feito de maneira convencional – com argamassa e sobre contra-piso – já que nesse processo a característica drenante do piso é anulada.



“A permeabilidade desses pisos está ligada a sua correta instalação.”
“Só a correta instalação garante a durabilidade do seu revestimento e sua efetividade como o correto escoamento da água” enfatiza a arquiteta.

Etapas do assentamento do piso drenante

A instalação do revestimento drenante consiste no correto assentamento do piso.
  • A contenção lateral deve ser realizada com antecedência possibilitando o travamento do piso assentado.
  • &nbps;
  • O solo deve ser preparado com uma enxada, preparado com os caimentos necessários para o perfeito escoamento.

  • Feito todo o processo corretamente, após a colocação e compactação do produto a liberação para o transito de pessoas e veículos é imediata.

Com esses pisos, os projetos podem unir sustentabilidade, urbanismo e praticidade, já que possibilitam a drenagem de água para o solo, evitam enchentes e possuem fácil manutenção (comparado a outros revestimentos para área externa).

Manutenção e limpeza dos pisos permeáveis

Só é necessário tomar os devidos cuidados na hora da limpeza, como por exemplo, não utilizar ácidos ou produtos de limpeza que sejam de base ácida.
Para limpar a sujeira acumulada na superfície do material, a melhor alternativa é utilizar lavadoras de alta pressão para a manutenção de sua função drenante.
É a dica da profissional.
pisos permeaveis
Projeto da arquiteta Silvia Lapenta que utilizou o revestimento Ekko, na cor castanho, da Castelatto.

Outros materiais naturais, como grama ou seixos, também permitem a drenagem, mas, muitas vezes, são de difícil manutenção e limpeza.
A arquiteta ainda dá uma dica final para a utilização desses revestimentos nos projetos:
“Sua função indicada para áreas externas não impede sua utilização em um jardim de inverno de uma residência – que tenha algum contato externo – para fazer alguma composição de paisagismo ou algum tipo de paginação diferente”.
Mas, adverte “É um revestimento bem rústico, por ser de material poroso ele acaba dando melhores acabamentos em áreas externas”.