Continuação do curso de Leitura e Interpretação de Projetos Arquitetônicos desenvolvido pela PROFª REGINA BRABO, feito para a Universidade Federal do Pará, em 2009.
2. DIMENSIONAMENTO E ESCALAS
2. DIMENSIONAMENTO E ESCALAS
ESCALAS
Norma ABNT NBR 8196, Dezembro 1999.
A designação de uma escala deve consistir na palavra ESCALA ou ESC, seguida da indicação da relação:
ESCALA 1:1 para escala natural
ESCALA X:1 para escala de ampliação (X > 1)
ESCALA 1:X para escala de redução (X > 1)
A escala deve ser indicada na legenda. O valor de X deve ser igual a 2, 5 ou 10, ou múltiplos destes. Por exemplo, 1:2, 50:1, 1:100.
Escalas utilizadas para desenhos arquitetônicos:
• 1:200 ou 1:100 = rascunhos / estudos (papel manteiga)
• 1:100 = anteprojeto – plantas, fachadas, cortes, perspectivas
• 1:100 = desenhos de apresentação – plantas, fachadas, cortes, perspectivas, projeto para Prefeitura
• 1:50 = execução (desenhos bem cotados)
• 1:10, 1:20 e 1:25 = detalhes
• 1:50 = projetos especiais – fundações, estrutura, instalações, etc.
LINHA DE COTA: Cotagem em Desenho Técnico (NBR 10126)
Representação gráfica das dimensões no desenho técnico de um elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida. Elementos gráficos para representação de cotas
Podemos dividir os desenhos arquitetônicos em dois grupos: Desenhos Preliminares de apresentação e Desenhos para execução. Nos desenhos preliminares são feitos vários estudos por meio de esboços que começam a dar forma ao edifício proposto. Estes têm por objetivo dar uma representação real do projeto de um edifício. São constituídas de plantas, elevações; incluindo, para serem mais completos, também desenhos perspectivos com representação de figuras humanas, árvores, edifícios adjacentes para servir como escala de referência. Não devem conter dados estruturais.
Nos desenhos para execução incluímos as plantas, elevações e fachadas, cortes e acabamentos segundo as normas com as quais a obra será executada.
Na área de construção civil, as plantas se constituem como a representação gráfica de um projeto;
Existem alguns tipos de representações gráficas em um projeto:
– Planta baixa;
– Planta de situação;
– Planta de localização;
– Corte transversal e longitudinal;
– Planta de fachada.
Na área de construção civil, as plantas se constituem como a representação gráfica de um projeto;
PLANTA DE SITUAÇÃO
PLANTA DE LOCAÇÃO
Planta de Locação ou Localização: demonstra a localização da obra dentro do terreno, com seus respectivos recuos frontais e laterais.
Vocabulário e normas básicas de construção e desenho de arquitetura:
PEITORIL - altura do chão ao início da janela.
PÉ-DIREITO - altura do chão até a laje.
CUMEEIRA - ponto mais alto da cobertura.
PLANTA - vista obtida após a retirada do plano de secção olhando de cima
para baixo;
CORTE - vista obtida após a retirada da parte anterior ao plano de secção
olhando de frente;
BREESES E MARQUISES: elementos construtivos que impedem a entrada de
radiação solar direta no interior da construção;
VIGAS E PILARES: elementos estruturais responsáveis pela sustentação da
construção através da distribuição das forças e transmissão até o alicerce da construção:
Normas básicas de construção (dependem do Plano Diretor de cada Município)
• Recuo Frontal: maior ou igual a 4,00 m.
• Recuos laterais: maior ou igual a 1,50 m caso exista janela na parede.
• Pé-direito: mínimo de 2.50m para banheiros e corredores, sendo 2,80m o exigido para as demais dependências.
• Portas: externas= 0,90 m, internas= 0,80 m, banheiros=0,70 m em geral sendo que todas possuem altura de 2,10 m.
• Largura dos corredores = mínimo 0,90 m.
• Abertura mínima para ventilação iluminação = 1 / 6 da área do piso.
• Inclinação dos telhados: telha de barro= 30%, de fibrocimento= 12%
• Laje = espessura média 0,12 m.
• Paredes = de meio tijolo com reboco 0,15 m, de um tijolo 0,25 m.
3. CONVENÇÕES E SIMBOLOS
a. PAREDES
Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 cm, mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes externas o uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não obrigatório. É no entanto obrigatório o uso de paredes de 20cm de espessura quando esta se situa entre dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais...).
Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso contínuo, e para paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura correspondente.
Na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o que será demolido ou acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções:
b. PORTAS
Porta interna - Geralmente a comunicação entre dois ambientes não há diferença de nível, ou seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma cota.
Porta externa - A comunicação entre os dois ambientes (externo e interno) possuem cotas diferentes, ou seja, o piso externo é mais baixo.
Nos banheiros a água alcança a parte inferior da porta ou passa para o ambiente vizinho; os dois inconvenientes são evitados quando há uma diferença de cota nos pisos de 1 a 2 cm pelo menos. Por esta razão as portas de sanitários desenham se como as externas.
c. JANELAS
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m, sendo estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para janelas em que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas invisíveis.
NÍVEIS
– São cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada Referência de Nível pré-fixada pelo projetista e igual a zero
– Regras:
• Colocar dos dois lados de uma diferença de nível;
• Indicar sempre em metros, na horizontal;
• Evitar repetição de níveis próximos em planta e não marcar sucessão de desníveis iguais (escada);
Em planta baixa, os pisos são apenas distintos em comuns ou impermeáveis
•Os impermeáveis são representados apenas nas “áreas molhadas”, ou seja, áreas dotadas de equipamentos hidráulicos, sacadas, varandas, etc...
•Os impermeáveis são representados apenas nas “áreas molhadas”, ou seja, áreas dotadas de equipamentos hidráulicos, sacadas, varandas, etc...
• O tamanho do reticulado constitui uma simbologia, não tendo a ver necessariamente com o tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos.
Um comentário:
Muito boa sua postagem. Parabéns pelo seu blog! estou gostando do conteúdo que você expõe no site..continue assim conhecimento é ótimo ser compartilhado!!!
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